terça-feira, 19 de março de 2013

Arquitetura Parasita

Arquitetura Parasita

A Arquitetura Parasita pode ser considerada como a manifestação artística pessoal que tenta, de forma subjetiva ou objetiva, modificar ou chamar atenção para alguma percepção crítica sobre o espaço, tecnologia, ecologia, sociedade e política de um determinado lugar.


Abaixo, um espaço criado para atender às necessidades de usuários do meio urbano que, em certa medida, serviria como ponto de apoio nos centros urbanos para proporcionar informações sobre a cidade e um espaço de descanso. Tem área total de quase 20m² e conta com um local reservado, no centro da planta, com assentos para descanso. Ao redor um espaço para apresentar informações sobre a cidade em painéis interativos com fotos e alguns vídeos curtos.


Planta

 

 Fachada Frontal


Fachada



Local no Hipercentro de Belo Horizonte que poderia ser colocado esse espaço.

Esquina da Avenida Amazonas com Rua da Bahia

 Fonte: Google Maps


Fonte: Google Maps




quarta-feira, 13 de março de 2013

Uma coisa significa outra quando muda de lugar?




Uma coisa significa outra quando muda de lugar?


Acredito que sim, pois ao mudarmos o contexto ou lugar ou posição, as informações podem ser interpretadas de maneira diferente. Não que “a coisa”, propriamente dita, mude de função necessariamente.

O artista, Runo Lagomarsino monta em uma de suas obras, “Other Where”, 168 cartões postais com imagens de aviões de diversas partes do mundo. Nessa obra, as janelas das aeronaves são cobertas por pedras que foram encontradas em alguma parte do lugar onde tais aviões operam ou operaram. Ele reuniu todos os cartões e pedras com ajuda de amigos e em suas próprias viagens. O objetivo de cobrir as janelas é de não permitir que “seus passageiros” olhem para fora e os espectadores olhem para o interior das aeronaves. Segundo site do artista, tais contribuições permitem uma narrativa coletiva sobre pessoas, deslocamento e viagens.

Fonte: http://www.runolagomarsino.com/index2.php






Fotos tiradas da exposição em Belo Horizonte da Trigésima Bienal de São Paulo "A iminência das poéticas"

Site de Rumo Lagomarsino - http://www.runolagomarsino.com/index2.php

As pedras, coletadas pelo artista, continuaram sendo pedras, feias ou bonitas, mas pedras. No entanto, apesar de estarem acompanhadas dos postais, perdem sua identidade, já não estão em seu local de origem e passam a ter um valor simbólico maior do que possuíam, agora longe de sua origem e acompanhadas de um cartão postal fazem parte de uma obra artística enigmática e que possui um discurso diferente, já não estão em grande número, pois às pedras são poucas, não nos dizem de onde vem, mesmo que saibamos de onde tais cartões postais são.



Enfim, as pedras vão continuar sendo pedras, mas agora sem identidade. A obra de Lagomarsino por si só, já é suficiente pra dizer responder que sim, “Uma coisa significa outra em outro lugar?”. Nessa obra, as pedras podem ser interpretadas como oposição à imagem das aeronaves que, apesar do imenso peso, voam o que nenhuma dessas pedras podem fazer, apesar do menor peso. Então são como pesos que seguram as aeronaves à superfície da mesa e impedem a visão entre o que está dentro e fora do avião.